O Que Sentes
São teus dedos com que escondes e
limpas lágrimas alegres, com os mesmos omites sorrisos envergonhados de quando
te imaginas a meu lado, estrada fora, sem medo de futuros que se aproximam,
antes desejosa de chegar aos futuros que longe de ti estão. Embaraçosas
palavras que te segredo, elas, apaixonantes. No meio de beijos macios, suaves
aromas da tua pele, veludo do teu olhar que acaricia as minhas mãos.
Da
tristeza de nem sempre te ter, poemas declamados em público, apaixonantes
canções para os ouvidos de todos, palavras roubadas de um vocabulário imenso
são dispostas em linhas, organizadas, de acordo com os traços dos teus lábios.
Das letras que desenho, as tuas, que as ouço, são a libertação da alma muda que
a nós pertence.
No
mundo da fantasia real, o nosso, falam os pássaros baixinho ao meu ouvido,
dizem-me eles o quanto te faço feliz, oh! que tantos são eles, um bando de
canários, todos eles músicos! Na nossa ilha, os peixes da vida, após o sermão,
ensinam-nos todos os cantos que conhecem, os truques e dicas dos jogos que no
teu dia-a-dia terás.
Excelência,
descrita no pano que segura ainda mais confiança, aquela que te faz ainda
acreditar mais, lágrimas das tuas veias, garra e paixão que em nós corre.
Isqueiro que não apaga, a chama que perdura, contra ventos e tempestades.
Pedras que te assustam no caminho, guarda-as, construiremos com elas os muros e
paredes do nosso castelo.
Incenso
dos teus carinhos, é o cheiro que quero ter comigo a cada inspiração, é o fumo
que sai pela porta que se abre, por onde entram cores e flores, as mais belas!
Fernando Rodrigues